Comecei este artigo em Janeiro de 2022, inspirada por um parecido no blog do Austin Kleon. Foi giro começar nos primeiros dias do ano a projectar o que me poderia deixar contente chegando a Dezembro. Foi interessante ir fazendo pequenas actualizações ao longo do ano. E foi incrível agora encontrar o melhor de 2022, até coisas que já nem me lembrava que fiz este ano.
Sinto sempre que estas partilhas tão focadas no meu ano, na minha vidinha, pertencem mais ao meu diário do que aqui. Mas depois eu gosto tanto de ler as listas das vidinhas das outras pessoas, sobretudo as que não são celebridades, as listas banais de momentos que podiam ter sido meus. Coisas pequenas. Que acabam por aumentar o meu mundo. Por isso, partilhar é justo e faz sentido 🙂
O melhor de 2022: 75 coisas boas do meu ano
- Ler autores que tinha curiosidade de ler há anos, como a Maria Judite Carvalho, a Leila Slimani e o Chico Buarque
- Brincar com os meus filhos sem ter o telemóvel na mão – difícil mas importante, para mim e para eles
- Escrever 16 posts para este blog e…
- …11 newsletters, para mais de 1800 pessoas (and counting!) – estas newsletters continuam a ser das coisas que me dá mais prazer escrever. Até porque muitas vezes nem sei o que tenho para partilhar até o fazer
- Cozinhar arroz doce – adoro sentir o cheiro a invadir a cozinha e o processo relaxa-me
- Começar a escrever um livro sobre os meus avós
- Conhecer uma cidade nova – Bordéus
- Não ter planos rígidos para o meu tempo livre…
- … mas ter uma direção e as coisas mais importantes planeadas
- Ter um tema para o meu ano. O de 2022 soa piroso: “Be Francisca”, mas foi inspirado pelo “Be Gretchen” da Gretchen Rubin. Tem-me ajudado muito. Grande parte tem a ver com parar de contrariar as minhas preferências ou tendências ou mesmo “defeitos” e aproveitar essa energia para ser a melhor versão do que posso ser
- Voltar a andar de bicicleta – andar de bicicleta tem sido uma metáfora cada vez mais significativa na minha vida. Fiquei muitos anos sem andar, ganhei medo e este ano dei as primeiras “re-pedaladas” na garagem
- Identificar os desejos de ano novo que NÃO tenho
- A room of my own: tornar o escritório cá de casa um bocadinho mais “meu”: uma cadeira azul, menos tralha
- Dormir melhor
- Assumir as minhas obsessões criativas
- Passar mais tempo ao pé de árvores
- Ir a concertos (do Miguel Araújo, da Luísa Sobral, dos GNR) e espectáculos (Rupi Kaur)
- Ir à Feira do Livro
- Voltar a começar a aprender piano
- Ter dois filhos de 3 e de 5 anos que me ensinam todos os dias
- Não deixar o meu emprego definir-me
- Ir à biblioteca municipal do meu bairro
- Uma nova temporada de Workin’ Moms
- Delegar
- Oferecer presentes feitos por mim
- Tentar manter os níveis de vitalidade ao longo do ano
- Throw money at a problem
- Os podcasts da Dolly Alderton e os outros
- Trabalhar por ímpetos, como a Cheryl Strayed
- Agony aunt columns
- Imaginar cenários ideais e/ou irrealistas, ou seja, sonhar
- Reler livros (hello, Jane Austen)
- Aprender pelos olhos do que os meus filhos estão a aprender
- Fazer dieta de forma saudável
- Mostarda
- Festas de família
- O Natal em nossa casa
- Dar tempo para ter tempo (um paradoxo)
- Andar a pé
- Investir em coisas que uso muito (por exemplo, o computador onde escrevo este artigo)
- Criar momentos com cada um dos meus filhos individualmente
- Dias de Outono
- Fazer um curso de crónicas literárias
- Verão ao pé do mar
- Assumir que sou um beija-flor
- Aprender a fazer pudim
- Emoldurar coisas bonitas
- Duches quentes
- A alegria de um Sábado de manhã
- Ovos mexidos mal passados
- Um Ano do Sim, como a Shonda Rhimes
- Botas de cano alto
- Viver o Natal como uma crescida
- Coisas criadas por mulheres: livros, empresas, quadros
- Ler histórias à noite aos meus filhos
- A minha versão da técnica pomodoro
- Abraços
- Rir mais
- Provar a mim própria que sei mais do que acho que sei (sobre mim própria, inclusive)
- Ter to do lists mais pequenas – mas continuar a ter, porque me fazem bem, desde que não sejam demasiado sufocantes
- Medir as coisas em termos de “energia” ou de “atenção”
- Ter uma crise de estilo e começar a superá-la
- Arranjar as unhas às vezes e outras deixá-las ao natural
- Fazer menos coisas que não queria e mais coisas que queria
- Escrever à mão
- Organizar albúns de fotografias
- Escrever e submeter contos para concursos literários
- Usar menos sapatos de salto alto
- Ler livros sobre “delights“, como este e este
- Ter direcção mas não ter o caminho todo desenhado (por exemplo, nas leituras e na vida)
- Artist dates comigo própria (por exemplo, ver um filme à noite)
- Comprar um robot de cozinha
- Dar-me bem a trabalhar a partir de casa
- Fazer 35 anos
- Criar este post ao longo do ano
E tu? Que coisas foram o melhor de 2022 para ti?
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