Fonte: Newsweek.
Julho 2019 foi um mês com mais variedade. Faz parte, tem-se um bebé e as coisas levam o seu tempo a começar a voltar ao normal. Estou no meu caminho.
1. Factfulness
Parece que já foi há mais tempo que li este estrondoso livro. Este é um daqueles livros que estaria nos currículos se houvesse um curso chamado “perceber o mundo em que vivemos para totós”. (Já agora, por que é que não existe este curso? Eu inscrevia-me se fosse online. Ou nas horas de almoço.) O Bill Gates tinha-o recomendado há um tempo. Vou passar a ler tudo o que ele recomenda.
É um livro que desmonta a forma como pensamos com base em factos estatísticos. Parece divertido, hum? Mas é surpreendentemente fácil de ler. E as suas conclusões dão que pensar.
Não queria spoilers, mas basicamente o mundo não está bem, mas está muuuito melhor. E há uma série de coisas com que nem nos devíamos preocupar. Ah e a estatística é divertida. Ele consegue escrever frases do género “este é o meu tipo de gráfico preferido” e uma pessoa não fecha o livro.
Vão ler o livro.
2. Date night rules
Tivemos o nosso primeiro jantar sem bebés este mês. Yeah. Seguimos a clássica regra das date night: não falar de bebés durante as duas horas que dura o jantar. É mais difícil do que parece. Eu quebrei-a uma vez, antes das entradas estarem na mesa.
Foi bom estar um bocadinho sem eles e voltar com saudades para casa. E comemos uma entrada de queijo de cabra com nozes e mel e eu não me lembrava que a comida podia proporcionar essas sensações.
3. Abdominais hipopressivos
Já tinha feito depois da primeira gravidez. Fiz todos os dias durante um mês e a minha barriga ficou quase normal. Desta vez ainda são mais necessários, porque estou com 2 dedos de diástase, de acordo com a fisiatra.
Ao fim de 5 dias ainda a meio gás, a minha empregada disse que eu estava mais “elegante”. Estou a fazer abdominais, disse eu. Não é isso, disse ela, parece que está menos torta nas costas.
A sério, leiam sobre isso, façam-nos.
4. Borgen
Não vejo séries. Já tenho demasiadas tentações para o meu tempo livre. Faz-me confusão aquelas pessoas que ficam viciadas em estar viciadas numa série. Tipo, acabei agora Game of Thrones, sabes alguma série que eu possa ver? Mas eu sou assim com os livros, por isso não posso criticar. São opções.
Entretanto, o meu marido que também raramente vê séries descobriu que isto estava a dar. Começámos a ver e nunca mais parámos. É sobre uma primeira ministra dinamarquesa a governar em coligação. E todos os sacrifícios profissionais, políticos e pessoais que têm de ser feitos. Os episódios são cerca de uma hora e estão sempre a acontecer coisas.
On Borgen, every public decision has private consequences, and vice versa, which is something that Hollywood usually ignores and that actual politicians, operatives, and journalists have to hide. Finally getting to see these secret repercussions spool out and spill over is spellbinding; they raise the stakes on everything that happens, suffusing even the most quotidian moments with suspense.
BORGEN: THE BEST TV SHOW YOU’VE NEVER SEEN, BY ANDREW ROMANO ON 7/30/12, Newsweek
As personagens são multidimensionais e carismáticas. Funciona. Felizmente só há 3 temporadas. Depois paramos e eu volto a ler mais livros. Ou a fazer os álbuns de família.
5. Levar os miúdos a todo o lado
Sou mãe mas também sou outras coisas. Em Julho 2019, consegui ser um pouco mais das outras coisas. Mas continuei a ser full-time mom. O truque? Foi mais um segredo da maternidade que descobri, que é fazer o que se tem a fazer com os miúdos. Levá-los. Fazer coisas com eles ao lado, por vezes de mãos dadas. E rezar para que eles se aguentem. E fingir que não se repara nos olhares das outras pessoas.
É claro que num dia com dois bebés as expectativas são outras. Fico muito satisfeita se pelo menos dois de nós os três tiverem tomado banho e houver comida em casa. E talvez uns 20 minutos de escrita ou leitura. Isso é um dia bom.
Mas em Julho 2019 eles já foram comigo à esteticista, arranjar o telemóvel e reunir-se com um colega de trabalho. Para além de ir à missa, ao supermercado e ao médico, que já era mais habitual. Sabe bem.