Quem se habitua a viajar, todos os anos, por exemplo, é capaz de estar a ressacar. Custa não viajar, não marcar viagens, não entrar num avião. Talvez por isso tenha sabido ainda melhor ver filmes sobre viagens.
Já ouviste falar do wanderlust? Na sua origem, acho que é uma palavra alemã, para expressar esse desejo de viajar, de ir a outros sítios. Nos últimos tempos, toda a gente com quem tenho falado já está a planear viagens para 2021.
Filmes sobre viagens para satisfazer a tua vontade de viajar
Há muitos filmes sobre viagens. Qualquer filme que se passe nos EUA, por exemplo, pode ser considerado um filme de viagens. Mas aqui incluí aqueles que mais me dão aquela sensação de estar noutro sítio. Em quase todos os casos, as próprias personagens estão deslocadas ou mudam o seu local habitual. Também elas, também o mood que o realizador tenta transmitir, transpiram à sensação que é estar noutro sítio.
Deixo-te uma lista de alguns filmes sobre viagens para, pelo menos na cabeça, seres transportada para outro lugar.
Mamma mia
Chama-lhe guilty pleasure, chama-lhe o que quiseres. É uma alegria. E apetece-me chegar ao computador e comprar um bilhete para as Ilhas Gregas. E fazer umas trancinhas e comprar um fato-de-banho azul e branco. E alugar um barco. E comer queijo feta com pepino. Sei lá. Tudo bem regadinho com músicas dos Abba, este filme só me faz bem. (bónus: se fores mãe, tenta não chorar com a versão de Slipping Through My Fingers).
Eat pray love
Um clássico, não é? Mas, lá está, para quê combater o que funciona? Sabe tão bem passar umas duas horinhas a ver a Julia Roberts à procura de si própria em viagens maravilhosas. Pizza em Nápoles, meditação na Índia e passeios de bicicleta em Bali. Sim, sim, sim. Levem-me para qualquer lado. Estou pronta.
Bem-vindo ao Norte/ Bem-vindo ao Sul
Na verdade, isto são dois filmes diferentes. A versão francesa (Bienvenue chez les Ch’tis) é a original, de e com o hilariante Dany Boon. É a história de um funcionário público francês que é deslocado para a província, no Norte. Benvenuti al Sud é a versão italiana que replica o conceito em Itália, com um milanês transferido para o sul rural. São filmes que, para além de super cómicos, me dão vontade de alugar uma casita no interior e passar uns dias sem wi-fi.
A Hora do Lobo
OK, este é mais fora do baralho. E foi um filme que encontrei por acaso. Tem por base um livro que aparentemente foi o livro mais vendido na China desde O Pequeno Livro Vermelho. Conta a relação de uma comunidade com os lobos. Mas tem por fundo a Revolução Cultural na China. Vale a pena por todos os aspectos, mas as paisagens da Mongólia fizeram-me querer ir um dia à Mongólia. E eu nunca tinha querido ir à Mongólia.
O Talentoso Mr Ripley
Sou parcial a filmes que se passam em Itália, porque adoro. Dêem-me alguém a passear por uma piazza e eu vejo. Neste caso, tens um elenco muito fotogénico a passear-se por Positano e pela costa do Amalfi, com paragens em sítios paradisíacos como Ischia. Um mimo.
Antes de Amanhecer
Encontrei este filme num Domingo à tarde, há muitos anos, na cena do comboio. Não consegui descolar. Meia hora depois o meu irmão espreitou e disse ao meu primo que eu ainda estava a ver aquele filme em que só falam e não acontece nada. Mas que diálogos. Super gira a dinâmica da Julie Deply com o Ethan Hawke. É a história de uma francesa e um americano que se encontram durante uma noite em Viena.
Sob o Sol da Toscana
Baseado num livro da Frances Mayes, conta a história de uma mulher que descobre uma villa na Toscana e decide mudar de vida. No filme, a mulher é a Diane Lane. Este é um daqueles filmes que eu nunca me proponho a ver. Mas, se estiver a dar, fico a ver. É muito charmoso, para usar um adjectivo que nunca uso. E temos Itália, o que é que queres mais?
A Vida Secreta de Walter Mitty
Este filme é estranho. Mas lá que se vê viagens, lá isso vê-se. Na minha memória, o Ben Stiller está sempre com aquela expressão facial meio incrédula com a boca aberta. Acontecem-lhe coisas. É um filme que se passa mais na imaginação da personagem principal do que na sua realidade. As imagens que ficam das viagens, em especial as da Islândia, são memoráveis.
Lost in Translation (O Amor é Um Lugar Estranho)
Mais um exemplo de um título que em português é totalmente diferente. Que filme tão interessante. É um filme que vi várias vezes e sempre descobri algo diferente. Também o vi muitas vezes na preparação para uma viagem a Tóquio. Tem um bocadinho da cidade vista pelos olhos de duas pessoas que estão de fora, num hotel fantástico. O Bill Murray é cativante e a banda sonora também é boa. Dá para rir e dá para pensar na vida. E dá para ir ao Japão em uma hora e tal.
Midnight in Paris
Paris. Melhor ainda, Paris actual no seu mais fotogénico e ainda algum Paris dos anos 20. E com diálogos do Woody Allen, que eu aprecio sempre. É humor e é a morte e a vida e a nostalgia e tudo num pacote muito atraente. Para as mais nerds, temos toda uma geração de artistas a aparecer retratados. Mas desde a montagem inicial que te garanto que vais querer que a tua próxima viagem seja a Paris.
África Minha
Gostei muito deste livro e sempre que gosto do livro é difícil não desvalorizar o filme. Mas o filme é mais rápido e tem a Meryl Streep e o Robert Redford, não é? Tem também uma banda sonora que vale por si só, sem filme. E as paisagens são paisagens. A beleza e a riqueza de África aparecem em grande destaque.
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