As melhores comédias românticas para mulheres modernas

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As comédias românticas têm má fama. Em parte, isso deve-se à existência de algumas muito, muito más. Sem enredo, com maus actores, totalmente inverosímeis. Mas também há em bom, como agora se diz. Sim, fiz uma lista das melhores comédias românticas para mulheres modernas e inteligentes.

Eu sei, esta lista podia ter muitos outros filmes. Ou se calhar nem gostas de algum dos que eu escolhi. E sim, eu sei, sou parcial a alguns favoritos: Nora Ephron, Meg Ryan, Woody Allen, Nova Iorque, Julia Roberts, Jane Austen… Mas espero que esta lista das melhores comédias românticas te inspire a ver ou a rever alguma delas.

As melhores comédias românticas para mulheres inteligentes

Vamos lá ver, quando eu digo que estas são as melhores comédias românticas para mulheres inteligentes, não quero parecer pretensiosa. Não trago aqui um nível de intelectualidade xpto. O que eu quero dizer é que não são aquelas coisinhas ocas e tolas. Valem o tempo que demoram a ser vistas, seja pela história, qualidade dos actores, banda sonora, ou tudo e mais alguma coisa.

Por isso, sem mais demora, vamos à lista.

When Harry Met Sally (Um Amor Inevitável)

A melhor. Digo eu. Mas a sério, vale a pena. Não é recente, os penteados da Meg Ryan vão parecer desactualizados. É também um excelente exemplo de uma tradução de um título totalmente adulterada em português. Mas enfim.

O filme conta a história de um homem e uma mulher que se conhecem, se odeiam, passam a ser amigos, não dormem juntos para não estragar a relação, até que um dia dormem juntos e estragam a relação.

Para mais detalhe sobre porque acho que esta é a melhor comédia romântica de sempre, podes ler também o meu post When Harry Met Sally: o filme perfeito.

Annie Hall

Esta comédia foi escrita e protagonizada pelo Woody Allen e há quem diga que foi percursora do género. Tem aquele toque neurótico e imensas referências culturais, mas vê-se muito bem. É rápida, divertida, esquisita. Tem grandes momentos de comédia e, adivinharam, românticos. A Diane Keaton está adorável.

Love is too weak a word for what I feel – I luuurve you, you know, I loave you, I luff you, two F’s, yes.

Woody Allen

Aliás, só pela cena inicial vale a pena. Em duas piadas apenas, a personagem do Woody Allen faz umas quantas metáforas profundas sobre as relações e a vida. Não vou contar aqui, para não estragar. Estou a brincar, está aqui.

Something’s Gotta Give

Como eu gosto de escrever, filmes em que a protagonista escreve puxam por mim. (Também por isso, sempre gostei d’As Mulherzinhas, do Sexo e a Cidade e de outros desta lista). Aqui a protagonista é uma dramaturga famosa.

A Diane Keaton e o Jack Nicholson fazem um par romântico e é engraçado ver como a idade deles não prejudica em nada a qualidade e a sensualidade do filme. (OK, Hollywood?) Ela é muito cómica, ele é muito cool. E, claro, a mansão nos Hamptons é deslumbrante. Os filmes da Nancy Meyers têm sempre casas de sonho.

You’ve Got Mail

Ahhh. Tão bom. Nora Ephron, mais uma vez. Meg Ryan e Tom Hanks. Manhattan, livrarias. Posso ficar por aqui? É só porque é uma história tão querida, tão bem contada e representada. Tem citações maravilhosas, como aquela famosa da personagem do Tom Hanks a dizer que lhe ofereceria um “bouquet of freshly sharpened pencils”. Ah.

Para quem não conhece, ele é dono de uma cadeia de livrarias gigante e ela tem uma pequena livraria infantil, que fica ameaçada com a chegada da cadeia ao bairro. Em paralelo, inscrevem-se num chat (isto é pré-Tinder e redes sociais, ainda se ouve aquele “You’ve got mail!” cada vez que um deles abre o computador) e conversam sem saber quem são. E por aí fora.

Bridesmaids

É tipo a Ressaca para mulheres só que com um bocadinho mais de profundidade. Ou seja, é óptimo. O elenco são só estrelas da comédia. A protagonista, na casa dos 30, tem a vida do avesso quando fica a saber que a sua melhor amiga vai casar-se e a convida para ser a madrinha. As restantes madrinhas juntam-se para a preparação do casamento.

E segue-se comédia. Há uma cena em que todas têm uma intoxicação alimentar. Há a cena do avião. E há esta cena com a Kirsten Wigg a fingir que sabe falar espanhol que ainda me põe a chorar de rir.

Late Night

A Emma Thomson faz de apresentadora de um daqueles late night shows dos EUA que está a perder audiências e tem de “diversificar” o staff, pelo que se vê obrigada a contratar a personagem da Mindy Kaling para cumprir quotas.

Mais recente, mais diferente. Talvez mais feminista. Mas gostei mesmo deste filme escrito pela Mindy Kaling. E a Emma Thomson como protagonista é ouro. Tem óptimas piadas, claro. Mas também tem personagens credíveis e uma história em que ninguém vai a correr para o aeroporto para fazer uma declaração de amor na última cena.

Orgulho e Preconceito

OK, só para não haver confusões. Em primeiro, o livro da Jane Austen, claro. Sempre. Em segundo lugar, a série da BBC com o Colin Firth (baba a escorrer). Em terceiro lugar, este filme.

Agora que já esclarecemos isto, é a premissa perfeita para uma comédia romântica: os interesses amorosos começam por se odiar. E bam! Tensão. O enredo principal e os secundários todos bem pensados. Diálogos na mouche. E, no filme, a Keira Knightley muito credível como Elizabeth, um Mr. Darcy que convence e tem ali um toque qualquer de ferido por dentro que funciona. Quando ele sorri, acho que sentimos o que é suposto sentir.

E sim, é uma comédia. Não tem cenas de puns, mas a Jane Austen tinha muita piada.

O Pai da Noiva

É um dos filmes da minha infância. A menina do papá anuncia que ficou noiva e o pai começa a entrar em histerismo, quer com a ideia de que a filha ainda é a sua bebé, quer com o custo do casamento. E é só isto o filme todo. Mas sabe tão bem.

Agora vou explicar porquê: o pai da noiva é o Steve Martin. A mãe da noiva é a Diane Keaton. E o organizador de casamentos é o Martin Short. A banda sonora é linda e a casa da família também. E tem uns toques de nostalgia, mas não demais. Também há uma sequela, quando a filha e a mulher engravidam em simultâneo e também é mais do mesmo e também funciona.

Trainwreck (Descarrilada)

Uma mulher que bebe muito e se enrola com todos conhece um homem que gosta verdadeiramente dela e teme sabotar a relação. Só que em cómico. Tipo cuspir-o-chá-cómico.

Quem conhece este? A Amy Schumer, que tem bastante piada, escreveu e protagoniza. Tem aquele fluxo das comédias românticas, em que ela tem de se redimir e crescer como pessoa para chegar ao desfecho. Só que com muitas piadas e cenas quase embaraçosas à mistura. Ela escreveu o filme baseado em parte na sua vida e nota-se, porque as piadas fazem parte de uma história mais profunda.

O Diário de Bridget Jones

Para escrever o livro, a Helen Fielding inspirou-se no enredo do Orgulho e Preconceito, o que deixa logo uma pessoa entusiasmada. E depois foram buscar o Colin Firth para fazer de Mr. Darcy. Isto já é mimar.

Também prefiro o livro, mas o filme está super reconfortante, tem as cenas todas que uma pessoa quer ver. Valeu a pena a Renée Zellwegger enfardar aquelas pizzas todas para desempenhar este papel. E continua a ser a cena de pancada entre homens mais realista que vi.

O Casamento do Meu Melhor Amigo

Aquela cena com toda a gente a cantar “The moment I wake up…”, a Julia Roberts a encher o ecrã todo com um sorriso e muitos caracóis, a Cameron Diaz a desafinar no karaoke, o sotaque do Rupert Everett.

Aquela parte em que eles tinham combinado que, se até aos 28 anos não estivessem casados, casavam um com o outro parece do século XIX, não é? 28 anos? Desistem aos 28? Mas isto é Hollywood, e vamos substituir 28 por 38 ou outro número qualquer. Ela está solteira, ele anuncia que se vai casar com uma miúda. E mesmo a tentar destruir um casamento, continuamos a simpatizar com ela.

“I say a little prayer for youuuu”

Eat Pray Love

Como sempre, eu gostei mais do livro. Mas depois fazem um filme com paisagens e pizzas e a Julia Roberts e o Javier Bardem no seu melhor (estou a falar em termos de eye candy e não de capacidades técnicas de representação). E pronto.

Este filme vê-se e revê-se. A parte que se passa em Itália é a minha preferida, mas quem não quer ver a Julia e o Javier a rebolar em Bali? É um filme muito sensorial e que se baseia numa mulher à procura de si própria. Em Roma ou na Avenida de Roma, os temas acabam por ser transversais, certo?

Como Perder um Homem em 10 dias

A história é meio forçada, mas eles vendem-na muito bem. Por motivos profissionais, ela tem de começar e acabar a relação com um homem num espaço de 10 dias. Ele tem de manter uma relação por mais de 10 dias. Let the games begin. Tem aquele final meio Hollywood, mas uma pessoa dá o desconto.

Lá está, é daqueles filmes que tem tudo para correr bem. Tem a Kate Hudson, que é tipo um raio de sol no ecrã, e o Matthew McConaughey, na sua melhor fase (estou a falar em termos de eye candy e não de capacidades técnicas de representação). Tem Nova Iorque, tem actores secundários óptimos, tem comédia e final feliz. Como também se diz agora nas redes sociais: simples assim.

Et voilà: as melhores comédias românticas

Esta é a minha lista. Convenci-te? Excluí alguma imperdoável?


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4 comments

    1. É um filme que sabe bem, também acho. Se calhar também tem a ver com a fase das nossas vidas em que o vimos pela primeira vez

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