Primeiro filho? 11 impactos no regresso à rotina

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Sim, há amor e mais amor quando chega o primeiro filho. O bebé nasce. Passam uns meses. A vida continua. Volta-se ao trabalho. E começamos a notar coisas inéditas nesta fase de suposto regresso à normalidade.

Seguem os 11 impactos que senti quando regressei à rotina pré-bebé.

As pessoas começam a perguntar “então e o próximo?”

Apetece perguntar “então e o seu?” ou “então e calares-te?”. Ainda podemos estar a amamentar ou na licença de maternidade. Mas há sempre alguém que vai querer saber quando vem o próximo. Um sorriso pode não ser suficiente para afastar estes curiosos.

As amigas deixam de perguntar pelo trabalho e perguntam pelo bebé

Parece que deixámos de ter outras dimensões e objectivos. Temos uma etiqueta na testa que diz “mamã”. Falam-nos de problemas amorosos e do trabalho e das férias. Depois perguntam “E tu? Como está o bebé?”.

Várias partes do corpo ficam mais flácidas

Tudo o que alargou para o bebé e a sua entourage caber, encolhe. Sobram tecidos. Partes do corpo que nunca foram flácidas passam a ser. Tememos ter a flacidez de uma idosa aos trinta. O ginásio até está na to-do list. Mas acaba por ser ultrapassado por coisas como dormir. Ou “ir à rua ver o cão”. Ou ficar sentada na cama, enrolada no lençol de banho, a olhar para a parede.

Ficamos mais calmas

Paradoxalmente, sendo o primeiro filho uma vida a depender de nós, a ansiedade diminui. As hormonas trabalham de formas misteriosas, mas neste caso é para o bem. É como se houvesse um propósito maior por trás de cada dia. No meu caso, sinto que as coisas pequenas já não me irritam tanto.

Consegue-se despachar o mesmo trabalho em menos tempo

A produtividade das mães que trabalham fora de casa devia ser estudada. Querem sair mais cedo para ainda conseguir estar com o bebé antes de dormir. Ou têm coisas para tratar à hora de almoço que não encaixam em mais nenhum buraco da agenda. O trabalho aparece feito na mesma.

Toda a gente assume que não estamos disponíveis para programas à noite

Começamos a receber convites para lanches. Ou para pequenos-almoços. Ficamos a saber que houve um jantar quando vemos as fotografias no dia seguinte. “Não te dissemos nada porque agora com o bebé…”

E às vezes não podemos (ou não queremos) combinar programas à noite

O primeiro filho está em casa. E é um bebé amoroso. Já estivemos o dia todo fora de casa. O bebé chora se nos afastamos. Um jantar de trinta euros naquele sítio? E disseram que ia chover. Amanhã até dava jeito acordar cedo. I rest my case.

As pessoas perguntam se é fácil conciliar a maternidade com o trabalho

Mas só às mães. Ninguém pergunta isto a um pai. Talvez assumam que é fácil para o pai conciliar. Ou que não é relevante. O primeiro filho vem levantar também este véu. Parece que as pessoas sentem mais legitimidade para fazer perguntas pessoais. Onde é que dorme, com quem. Quem é que se levanta. Na creche ou em casa?

No fim-de-semana, descansamos a cabeça mas damos cabo das costas

Num fim-de-semana normal, no Domingo à noite já não nos lembramos do mundo que deixámos na Sexta-feira. E já estamos no ritmo das sestas e das fraldas. Mas pegar num bebé ao colo é levantar pesos com as costas. Se fosse num ginásio vinha logo um instrutor corrigir-nos. Lá em casa é como pão para a boca.

Choramos com anúncios de fraldas

Hoje em dia, qualquer anúncio da Dodot me comove. Ou qualquer coisa que envolva bebés ou histórias de pais e filhos ou crianças a sofrer. Mas nem precisa de ser sofrimento. Outro dia chorei ao ver um bebé a bater palmas. Ele parecia tão feliz.

Ver uma grávida traz nostalgia

Podemos não saber se queremos ter mais do que um filho. Ou não querer o segundo tão cedo. Até podemos ter tido enjoos, azia, insónias e muito calor. Podemos ter vomitado à porta de casa, porque já não dava tempo de chegar à casa-de-banho. Mas passa uma grávida e ficamos com saudades.

Eu culpo as hormonas.

E a menina?

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1 comment

  1. Depois do bebé nascer, o conceito de “normal ” altera-se. Em definitivo. A parte excelente é que essa alteração é para melhor ?

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